IPCA foi de -0,02% em agosto
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto foi de –0,02% e ficou 0,40 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,38%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a variação havia sido de 0,23%.
Período | Taxa |
Agosto de 2024 | -0,02% |
Julho de 2024 | 0,38% |
Agosto de 2023 | 0,23% |
Acumulado no ano | 2,85% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 4,24% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram queda e influenciaram o resultado de agosto: Habitação (-0,51%) e Alimentação e bebidas (-0,44%), que contribuíram com -0,08 pontos percentuais (p.p.) e -0,09 p.p, respectivamente. No lado das altas, o maior impacto veio de Educação (0,73% e 0,04 p.p. de contribuição). Os demais grupos ficaram entre o 0,00% de Transportes e o 0,74% de Artigos de residência.
IPCA – Variação e Impacto por grupos – mensal | ||||
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Julho | Agosto | Julho | Agosto | |
Índice Geral | 0,38 | -0,02 | 0,38 | -0,02 |
Alimentação e bebidas | -1,00 | -0,44 | -0,22 | -0,09 |
Habitação | 0,77 | -0,51 | 0,12 | -0,08 |
Artigos de residência | 0,48 | 0,74 | 0,02 | 0,03 |
Vestuário | -0,02 | 0,39 | 0,00 | 0,02 |
Transportes | 1,82 | 0,00 | 0,37 | 0,00 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,22 | 0,25 | 0,03 | 0,03 |
Despesas pessoais | 0,52 | 0,25 | 0,05 | 0,03 |
Educação | 0,08 | 0,73 | 0,00 | 0,04 |
Comunicação | 0,18 | 0,10 | 0,01 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
No grupo Habitação (-0,51%), o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de 1,93% em julho para -2,77% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde. Além disso, foram verificados reajustes tarifários nas seguintes áreas: Porto Alegre (-0,69%), com reajuste médio de 0,06% em uma das concessionárias a partir de 19 de agosto; Vitória (-1,49%), com redução de 1,96% a partir de 7 de agosto; São Paulo (-3,07%), com redução média de 2,43% nas tarifas de uma das concessionárias a partir de 4 de julho; São Luís (-4,52%), com redução de 1,11% a partir de 28 de agosto; e Belém (-5,63%), com redução de 2,75% a partir de 7 de agosto.
Ainda em Habitação, o resultado da taxa de água e esgoto (0,44%) decorre dos seguintes reajustes tarifários: de 8,05% em Fortaleza (6,49%), a partir de 5 de agosto; de 5,81% em Salvador (5,43%), a partir de 1° de agosto; de 4,31% em Vitória (4,03%), a partir de 1º de agosto; e redução média de 0,61% em São Paulo (-0,47%), a partir de 23 de julho.
Em Alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio (-0,73%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,51% em julho. Foram observadas quedas nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). No lado das altas, destacam-se o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).
A alimentação fora do domicílio (0,33%) registrou variação abaixo do registrado no mês anterior (0,39%). O subitem lanche desacelerou de 0,74% em julho para 0,11% em agosto, enquanto a refeição acelerou de 0,24% para 0,44%.
No grupo Transportes (0,00%), a estabilidade de preços no grupo foi influenciada por movimentos de preços em sentidos opostos. Em relação aos combustíveis (0,61%), gás veicular (4,10%), gasolina (0,67%) e óleo diesel (0,37%) apresentaram altas, enquanto o etanol recuou 0,18%. Além disso, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,93%).
Em Educação (0,73%), os cursos regulares subiram 0,76%, principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,09%) e ensino fundamental (0,57%). A alta dos cursos diversos (0,47%) foi influenciada principalmente pelos cursos de idiomas (0,98%).
Regionalmente, a maior variação ocorreu em Porto Alegre (0,18%), influenciada pela alta da passagem aérea (21,59%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em São Luís (-0,54%), por conta dos recuos da energia elétrica residencial (-4,52%) e do tomate (-23,78%).
IPCA – Variação por regiões – mensal e acumulada no ano | |||||
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Julho | Agosto | Ano | 12 meses | ||
Porto Alegre | 8,61 | 0,36 | 0,18 | 2,46 | 3,47 |
Brasília | 4,06 | 0,36 | 0,17 | 2,38 | 4,53 |
Vitória | 1,86 | 0,25 | 0,14 | 2,54 | 4,16 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,26 | 0,13 | 4,04 | 5,89 |
São Paulo | 32,28 | 0,52 | 0,10 | 2,98 | 4,61 |
Campo Grande | 1,57 | 0,29 | 0,03 | 2,64 | 4,33 |
Salvador | 5,99 | 0,18 | 0,03 | 2,68 | 3,71 |
Fortaleza | 3,23 | 0,47 | 0,00 | 3,00 | 4,25 |
Recife | 3,92 | 0,33 | -0,07 | 2,88 | 2,75 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,28 | -0,08 | 2,42 | 4,24 |
Rio Branco | 0,51 | 0,53 | -0,21 | 2,07 | 3,82 |
Aracaju | 1,03 | 0,18 | -0,33 | 3,68 | 3,76 |
Curitiba | 8,09 | 0,30 | -0,36 | 2,32 | 2,96 |
Belém | 3,94 | 0,39 | -0,40 | 2,58 | 3,87 |
Goiânia | 4,17 | 0,43 | -0,51 | 2,37 | 3,84 |
São Luís | 1,62 | 0,53 | -0,54 | 4,20 | 4,51 |
Brasil | 100,00 | 0,38 | -0,02 | 2,85 | 4,24 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de junho a 29 de julho de 2024 (base). Calculado desde 1980, o indicador se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
INPC tem queda de 0,14% em agosto
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC teve queda de 0,14% em agosto, 0,40 p.p. abaixo do resultado observado em julho (0,26%). No ano, o INPC acumula alta de 2,80% e, nos últimos 12 meses, de 3,71%, abaixo dos 4,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a taxa foi de 0,20%.
Os produtos alimentícios caíram 0,63% em agosto, segundo recuo consecutivo, após queda de 0,95% em julho. Por sua vez, a variação dos não alimentícios desacelerou de 0,65% em julho para 0,02% em agosto.
Quanto aos índices regionais, Vitória registrou a maior alta (0,13%), por conta da taxa de água e esgoto (4,04%). Já a menor variação foi observada em São Luís (-0,58%), por conta dos recuos dos preços do tomate (-23,78%) e da energia elétrica residencial (-4,50%).
INPC – Variação por regiões – mensal e acumulada no ano | |||||
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Julho | Agosto | Ano | 12 meses | ||
Vitória | 1,91 | 0,09 | 0,13 | 2,83 | 3,54 |
Brasília | 1,97 | 0,27 | 0,09 | 2,48 | 3,95 |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,08 | 0,03 | 4,31 | 5,95 |
Fortaleza | 5,16 | 0,39 | -0,03 | 2,88 | 4,09 |
Campo Grande | 1,73 | 0,20 | -0,04 | 2,49 | 3,82 |
Porto Alegre | 7,15 | 0,34 | -0,05 | 2,64 | 3,11 |
São Paulo | 24,60 | 0,35 | -0,06 | 2,66 | 3,50 |
Salvador | 7,92 | 0,02 | -0,09 | 2,38 | 3,20 |
Recife | 5,60 | 0,14 | -0,12 | 2,74 | 2,33 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,22 | -0,16 | 2,12 | 3,75 |
Rio Branco | 0,72 | 0,40 | -0,21 | 2,47 | 3,93 |
Belém | 6,95 | 0,36 | -0,35 | 2,91 | 3,90 |
Aracaju | 1,29 | 0,11 | -0,40 | 3,74 | 3,34 |
Curitiba | 7,37 | 0,32 | -0,40 | 2,37 | 2,67 |
Goiânia | 4,43 | 0,37 | -0,42 | 2,41 | 4,03 |
São Luís | 3,47 | 0,48 | -0,58 | 3,96 | 4,24 |
Brasil | 100,00 | 0,26 | -0,14 | 2,80 | 3,71 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de junho a 29 de julho de 2024. Calculado desde 1979, o indicador se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
(Agência de notícias – IBGE)